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I JOGOS PARAESPOTIVOS

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Luta anticapacitista é fortalecida durante o Fórum de Autodefensores e Encontro de Famílias do Movimento Pestalozziano no Rio de Janeiro-RJ

Eventos inéditos são uma realização da Fenapestalozzi e têm percorrido todas as regiões do país. 

 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. ao centro, foto em plano médio de um rapaz cadeirante, negro, com Síndrome de Down que sorri e acena para a foto. Ao lado dele, à esquerda da foto, há uma mulher negra que olha serena para a câmera, e do outro lado, à direita, há um rapaz pardo de cabelos raspados que olha para a lente com sorriso discreto. Atrás deles há pessoas sentadas não identificáveis e uma sala de paredes claras.
Associações Pestalozzi dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro marcam presença no evento. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.

De 1 a 4 de outubro, aconteceu, na cidade do Rio de Janeiro, o Fórum Regional de Autodefensores e o Encontro Regional de Famílias do Movimento Pestalozziano, uma realização da Federação Nacional das Associações Pestalozzi — Fenapestalozzi. Esta foi a segunda etapa dos eventos na região Sudeste, que teve sua primeira edição dedicada às experiências das Associações Pestalozzi do Estado do Espírito Santo. Esses eventos contaram com o apoio do Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. 

Confirmaram presença na segunda etapa dos eventos na região Sudeste as organizações pestalozzianas do Estado de Minas Gerais: Pirapetinga, São João Nepomuceno; de São Paulo: Americana, Mauá, Osasco, Paulínia e Sumaré; e do Estado do Rio de Janeiro: Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaocara, Itatiaia, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis, Pinheiral, Resende, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João do Meriti, Silva Jardim, Barra do Piraí e Volta Redonda.

Ester Pacheco, presidente da Fenapestalozzi, ressaltou a importância da dedicação de cada participante em contribuir para a construção de “Caminhos para Autonomia Plena”. Esse foi o tema norteador dos eventos que têm alcançado todas as regiões do país, promovendo encontros, trocas de experiências e aprofundamento de compreensões sobre os direitos sociais das pessoas com deficiência e suas famílias. 

“Cada um de vocês, autodefensores, familiares, colaboradores e gestores têm contribuído nessa luta. Tenho certeza que cada um está fazendo o seu melhor pelo Movimento Pestalozziano e vamos, juntos, conquistar muitas coisas para as pessoas com deficiência”, diz Ester. 

 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, foto em plano médio e perspectiva d duas pessoas. Da direita para a esquerda, o Kerby: homem pardo que está de lado para a foto e sorri com os braços cruzados e um violão. Ele veste uma camiseta preta e um boné preto com o ícone do Movimento Pestalozziano. Mais ao lado e atrás dele, está a Ester Pacheco: mulher branca, de cabelos loiros trançados, que está usando óculos de grau com armação grossa na cor vermelha. Ela veste uma camiseta e blazer preto, enquanto segura um microfone e sorri.
Presidente da Fenapestalozzi, Ester Pacheco, celebra a realização de mais uma edição dos eventos para autodefensores e famílias do Movimento Pestalozziano. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.

 

LUTA ANTICAPACITISTA E DEFESA DE DIREITOS

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, foto em plano médio de uma menina com Síndrome de Down negra, de cabelos cacheados e óculos de grau com armação grossa e preta. Ela está sentada em um auditório de paredes claras e há pessoas não identificáveis atrás dela.
Discussões sobre a luta anticapacitismo mobilizaram os participantes do evento. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.

O capacitismo é uma forma de preconceito muito específica que interpela as pessoas com deficiência e se situa como uma barreira para o acesso a direitos. Para o conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Conade) e representante da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), Márcio Castro de Aguiar, a luta contra o capacitismo é uma ação que deve ser coletiva e envolver toda a sociedade. 

“O direito está na lei e a gente não deve abrir mão dele, porque a gente deve combater o capacitismo acima de tudo. Porque as pessoas não acreditam na nossa capacidade [de pessoa com deficiência]. Ninguém é protagonista sozinho. Não existe o ‘eu’ acima do ‘nós’”, diz Márcio.

Carla Cherene é coordenadora estadual de autodefensoria e palestrou a respeito do capacistimo nos eventos. Ela ressaltou que essa barreira que o preconceito impõe às pessoas com deficiência causa muitas dores emocionais, também, de modo que é preciso cuidar do emocional para o fortalecer as pessoas, nutri-las de autoestima e conhecimentos sobre direitos sociais. “Quando a gente fala de afeto é por que gera sentimento, gera reações, né? E o capacitismo é uma manifestação de discriminação e preconceito referente a uma pessoa com deficiência”. 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, foto de um auditório de paredes claras. Há pessoas que estão de costas para a fotografia e de frente para a palestrante. Esta é uma mulher parda de cabelos cacheados e curtos. Ela veste uma blusa alaranjada e uma calça de cor bege, e fala ao microfone. O auditório possui paredes claras.
Inclusão da Pessoa com Deficiência no mercado do trabalho foi tema de discussões entre autodefensores e familiares. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.

Atualmente, uma das maneiras mais socialmente aceitas e subestimadas de capacitismo e preconceito social é o uso de uma linguagem pouco acessível. É como se por meio do que é dito, e à maneira como é dito e escrito um determinado tema, acabasse por excluir as pessoas. Isto é, desde a escolha de palavras de difícil entendimento para pessoas com deficiência intelectual e não letradas, a maneira como são escolhidos os formatos do texto, resultasse em uma ação de exclusão e marcador de classe social. 

A Coordenação Nacional do Movimento Nacional de Autodefensoria Pestalozziana — Monpad, é realizada pelas profissionais Rafaela Parducci e Ivana Lopes, que realizam assessoramento aos autodefensores. Rafaela fez um alerta de que o compromisso em comunicar de modo simples e responsável deve ser uma tarefa realizada cotidianamente, nas instituições, escolas, órgãos governamentais, em suma, em todos os espaços de participação social e política das pessoas com deficiência. “No nosso dia a dia, devemos ter o compromisso em trazer mais essa linguagem simples, principalmente para dar acesso comunicacional para as pessoas com deficiência intelectual. Isso é essencial para que elas tenham acesso aos seus direitos”, explica Rafaela. 

As coordenadoras Nacionais de Família, Antonieta Bonifácio e Cícera Lopes, realizam um trabalho específico com as famílias, de acolhimento e desconstrução de preconceitos. Para elas, é no seio familiar que a pessoa com deficiência receberá os aportes necessários para a construção da autonomia na vida social em outros ambientes que, por vezes, são inadequados para receber e favorecer a experiência daquelas. “É que quem precisa se adaptar, não é a pessoa com deficiência à sociedade, ao mercado de trabalho, àquele empresa, àquela escola. É a empresa e a sociedade que precisam, na verdade, se adequar à pessoa com deficiência”, explica Cícera. 

 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, foto em plano geral de um grupo de mulheres que participam do Encontro de Famílias. Elas vestem uma camiseta branca de mangas vermelhas e os seguintes escritos: Encontro Regional de Famílias. Região Sudeste. Elas estão enfileiradas, abraçadas lateralmente e se mostram emocionadas.
Encontro de Famílias favorece a autoanálise de familiares e acolhimento. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.

 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, detalhe de dois autodefensores que suam boné preto e outro vermelho, não identificáveis, estão assinando papéis sobre uma mesa vermelha. Eles estão em uma sala de paredes claras.
Autorrepresentação da pessoa com deficiência intelectual e múltipla é fortalecida durante Fórum Regional de Autodefensores. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.
AUTODEFENSORIA PESTALOZZIANA E SUAS MÚLTIPLAS VOZES 

Autodefensores da região Sudeste, especificamente dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, contribuíram para a visão do Movimento Pestalozziano sobre o que significa a autodefensoria, como ser uma pessoa com deficiência autonônoma e com vida participativa na sociedade. Para a autodefensora Nacional Flávia Tissiano, a conquista da autonomia da pessoa com deficiência intelectual e múltipla não deve significar desamparo e falta de apoio. “Protagonismo é isso, é você ter a sua história de vida. É você ter a sua autonomia. Ter o apoio da Pestalozzi, da família e de todos”.

Já para Jonas Pontes, também atuodefensor Nacional, ser autodefensor e ter dedicação na busca por efetividade de direitos. “O autodefensor, ele representa e defende os direitos das pessoas com deficiência. E sempre vai defender e sempre vai falar da pessoa com deficiência”, finaliza.

 

 

 

 

 

 

 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, foto em plano geral de um homem e uma mulher, diante de uma sala de paredes claras. O homem é o Jonas, autodefensor. Ele é alto, pardo, veste uma camisa clara e calça escura. A mulher é a Edna, uma idosa de cabelos de raízes brancas, que sorri para o Jonas. Ela veste uma camiseta preta com escritos em amarelo: #Rumoaos 100 aos Pestalozzi no Brasil. E calça preta.
Jonas Pontes é autodefensor Nacional, representante da região Sudeste. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.

 

Fotomontagem. No canto inferior direito há a marca completa da Federação Nacional das Associações Pestalozzi com o ícone do Movimento Pestalozziano: um botão de roseira na cor vermelha, caule, folhas e contornos na cor preta. Este está envolvido em uma moldura amarela com fundo branco. Ao centro, participantes enfileirados com as mãos nos ombros uns dos outros sorriem e olham para a câmera. Eles estão em uma sala de paredes claras.
Fórum Regional de Autodefensores e Encontro Regional de Famílias do Movimento Pestalozziano promovem trocas de experiências e debates sobre os direitos das pessoas com deficiência. Foto: Reprodução Fenapestalozzi.
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