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I JOGOS PARAESPOTIVOS

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Realizado em Foz do Iguaçu–PR, Fórum de Autodefensores e Encontro de Famílias do Movimento Pestalozziano consolidam a autodefensoria das pessoas com deficiência na Região Sul

As manhãs de setembro trouxeram a primavera e, com ela, o florescer de novas possibilidades na luta pela defesa e garantia de direitos de um segmento social historicamente subalternizado.

 

De 17 a 20 de setembro, a cidade de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, recebeu o maior evento de promoção da autonomia e dos direitos das pessoas com deficiência, os inéditos: Fórum Regional de Autodefensores do Movimento Pestalozziano e Encontro Regional de Famílias do Movimento Pestalozziano da Região Sul. Esses eventos são uma realização da Federação Nacional das Associações Pestalozzi — Fenapestalozzi, com apoio do Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. 

Grupo de autodefensores jovens que sorriem e acenam para a câmera; eles vestem uma camiseta branca com mangas azuis. Estão acompanhados das coordenadoras Nacionais do Monpad, que usam uma camiseta preta com os dizeres: #Rumo aos 100 anos de Pestalozzi no Brasil. Eles estão em uma sala de paredes brancas e cadeiras vermelhas.
Pessoas com deficiência intelectual e múltipla participam do primeiro Fórum Regional de Autodefensores do Movimento Pestalozziano no Sul do país.

Superando todas as expectativas, a quarta edição dos eventos regionais da Fenapestalozzi evidencia as conquistas da autogestão das pessoas atendidasSob o tema “Caminhos para a Autonomia Plena”, os eventos receberam, aproximadamente, 100 (cem) pessoas com deficiência intelectual e múltipla e seus familiares. Marcaram presença as Associações Pestalozzi do Estado do Rio Grande do Sul: Canoas e Brochier; enquanto as representantes do Estado do Paraná: Santa Terezinha de Itaipu, Guaíra, São Miguel do Iguaçu e Catanduvas.

Para a presidente da Federação, Ester Pacheco, os eventos cumpriram com o objetivo de assessoramento técnico, figurando como uma importante ocasião para o fortalecimento das ações de autodefensoria já realizadas na região. Ela ressalta ainda que, neste momento histórico da véspera dos cem anos do Movimento Pestalozziano no Brasil, a realização de eventos regionais que agregam pessoas com deficiência atendidas, seus familiares e equipes profissionais, demonstram a dimensão do alcance e a relevância do trabalho realizado na reabilitação e habilitação para a vida. 

“O momento é de agradecer a todos os participantes, aos parceiros, autodefensores, familiares e a todos os colaboradores de todas as Associações Pestalozzi que aqui estiveram. Tenho a certeza que todos voltaram para casa com uma “bagagem” de fortalecimento, de energia para seguirmos rumo aos 100 (cem) anos do Movimento Pestalozziano no Brasil”, disse Ester.

Nos quatro dias de evento, foram abordados temas como o Combate ao Capacitismo; Projeto de Vida; Qualificação e Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho; Estratégias para Fortalecimento do Protagonismo, além de orientações sobre como acessar políticas e programas de assistência socioassistencial. Além da programação formativa, o evento promoveu intervenções artísticas conduzidas pelo voluntário, músico e produtor, Kerby Torres, e pelo professor de música da Associação Pestalozzi de Canoas–RS, Renato. 

Os Fóruns de Autodefensores e Encontros de Família do Movimento Pestalozziano têm percorrido todas as regiões do país, visando promover debates, facilitar o acesso à informação sobre os direitos das pessoas com deficiência, oportunizando a autonomia e o protagonismo dos autodefensores. Além disso, são realizados momentos dedicados aos familiares, nos quais há a troca de experiências, rodas de conversa e acolhimento.

 

ESCUTAR E ACOLHER QUEM CUIDA

Para promover um ambiente seguro para o desenvolvimento da criança e do adolescente com deficiência, a família tem papel essencial. É no contato mais íntimo entre os seus que este indivíduo constrói a noção de si, de sua autoestima e desenvolve habilidades. Na fase adulta da vida, os desafios são outros, mas o papel da família permanece como primordial para a construção da autonomia e da dignidade dessas.

Para a segunda vice-presidente da Fenapestalozzi, Edna Alegro, os Encontros Regionais com as famílias proporcionam trocas muito importantes.

Foto de um grupo de pessoas em perspectivam que simulam um autoabraço. Elas estão em uma sala de cor branca e usam uma camiseta branca com mangas vermelhas.
Familiares participaram de momento de acolhimento e trocas de experiências durante o primeiro Encontro de Famílias do Movimento Pestalozziano da Região Sul.
“Trazemos também as famílias para participarem desse evento, porque sem o apoio, sem a participação das famílias e das organizações, esse protagonismo das pessoas atendidas não é exercido. E o que nós queremos? Que todos eles possam participar, possam manifestar suas vontades, mas, também, entender seus direitos e serem, de fato, protagonistas. Quando isso acontece eles alcançam a autonomia e uma melhoria na qualidade de vida deles [pessoas com deficiência] e de toda a família”, explica Edna. 
Munida de uma efusividade própria de mães que acreditam em seus filhos, Marúcia Paz fez uma avaliação de sua experiência nos eventos e como a Associação Pestalozzi Canoas–RS foi essencial para a sociabilidade e desenvolvimento da sua filha, Bruna Vidal.
“Esta causa é extraordinária! Esse Fórum aqui me “destravou” de coisas que eu ainda não tinha abrido os meus olhos ainda. Eu abri os meus olhos e enxerguei além da “causa”. Eu enxerguei mães que estão lutando aqui por um objetivo só: ver o seu filho se desenvolver, crescer, mudar de vida. Uma vida transformada através do movimento Pestalozzi”, 

 

SOLIDARIEDADE E CUIDADO

Prestes a completar o primeiro centenário no Brasil, o Movimento Pestalozziano tem se firmado cada vez mais como referência na luta pela defesa e garantia de direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltipla no Brasil. Além de cumprir com o seu papel de agente transformador e mobilizador de políticas públicas, é da “gente” pestalozziana o amor e o cuidado com o próximo, também. 

Distando cerca de 900km (novecentos quilômetros), as Associações Pestalozzi de São Miguel do Iguaçu, no Estado do Paraná, e a Associação Pestalozzi de Canoas, no Estado do Rio Grande do Sul, construíram uma ponte de cuidado e solidariedade superespeciais durante o encerramento do evento. Os profissionais, atendidos e toda comunidade da instituição paranaense realizou uma campanha de arrecadação para doar itens escolares e ursos de pelúcia à organização co-irmã.

Este encontro recheado de emoção tornou evidente que o amor supera distâncias e acalanta os corações aflitos de pessoas que já enfrentaram muito nesse ano.  

Em decorrência do desastre climático que assolou o Estado gaúcho, no qual parte considerável do território ficou submerso, muitas pessoas foram atingidas e perderam seus pertences. Neste gesto de reconstrução, a Federação Nacional e afiliadas de todo o Brasil se uniram e seguem no apoio não apenas à comunidade pestalozziana atingida daquele Estado, mas a todas as pessoas que necessitam de amparo e proteção social.

Quatro mulheres estão em pé e seguram um barco de papel, com escritos sobre seus objetivos de vida. A primeira da esquerda veste um casado preto e uma camiseta branca; a segunda mulher veste uma camiseta preta dos 100 anos do Movimento Pestalozziano; a terceira mulher usa uma camiseta branca com mangas azuis e está usando uma faixa branca na cabeça; e por último, a coordenadora Nacional de Famílias, que veste uma saia branca e uma blusa bege.
Palestra sobre “Projeto de Vida” revisita os sonhos e desejos de conquista dos participantes.

 

Quatro pessoas estão diante de uma mesa com forros vermelhos e brancos. Atrás deles, uma parede de branca e a projeção da arte do evento. Da esquerda para a direita: Rafaela, coordenadora Nacional do Monpad, mulher branca de cabelos cacheados que veste uma camiseta preta dos 100 anos; em pé, a autodefensora Vitória, que está com uma camiseta branca com mangas azuis, cabelos cacheados e usa óculos de armação escura; sentado, Jair, que veste uma blusa branca com mangas azuis; sentada a autodefensora Alicia, que veste uma camiseta branca com mangas azuis e usa cabelos cacheados e uma tiara branca.
Autodefensores Nacionais do Monpad palestram sobre: O Protagonismo da Pessoa com Deficiência na abertura do evento.
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